Texto publicado no blog colectivo Sintra Deambulada (8/2/2017)
One
escolhi a
árvore mais grossa e cantei-lhe
enrolei
os olhos até à nuca e separei-lhe
lentamente
as cascas até às veias, abri-a
até toda
a floresta se pintar de vermelho
cravei-lhe
as unhas na cortiça e trepei-a
arranhei-me
nos galhos e exaltei-me no ar
flamejante
dos seus gritos, e a suavidade
dilacerante
do orvalho entrou pelas peles
abertas,
das serpentes adormecidas soaram
silvos e
rugidos despertos, e na floresta
inteira
estremeceu o pulsar da seiva fria
Direitos de autor protegidos ©Ariadne Castro
A reprodução total ou parcial deste texto não está autorizada. Se pretender reproduzir, contacte a autora através de castelodeasgard@gmail.com
Contacto da autora: castelodeasgard@gmail.com. Página da autora no Facebook: aqui.
Contacto da autora: castelodeasgard@gmail.com. Página da autora no Facebook: aqui.